17 junho 2012



Era uma tarde de Sol, Julia estava sentada no banco da praça central quando viu Alexandre pela primeira vez. Ela não sabia e muito menos ele, mas o destino quis que aquele olhar se tornar-se uma linda história de amor!

Alexandre avistou um lindo sorriso e um olhar que brilhava como raios de Sol, sentado no banco de frente para o jardim, sentou-se ao seu lado e perguntou as horas, foi a melhor coisa que ele pensou no momento, eram duas e meia da tarde. Julia olhava para Alexandre, mas estava muda, sentia medo e coragem ao mesmo tempo, não conseguia falar, mas também não queria ficar ali calada. Algo veio a sua cabeça: perguntar seu nome.

Alexandre respondeu e puxou uma longa conversa com ela, e ficaram ali por horas. Ele a chamou para uma volta no jardim, enquanto conversavam descobriam um do outro e se interessavam.
Já eram quase quatro horas, Julia se despediu de Alexandre e escreveu seu numero na palma da mão dele. Sorriram uma para o outro e Alexandre ficou olhando para ela até quando virou a esquina e sumiu do seu campo de visão.

Depois disso foram muitas outras conversas no parque, na sorveteria e ele a buscava toda sexta na escola para irem jogar boliche. Era uma linda amizade, mas os dois queriam mais. Ele não disse nada a ela e ela não tinha coragem de dizer nada a ele. E o tempo passava, aquele sentimento aumentava e nada acontecia.
Em uma sexta, Julia saia da escola procurando pelo olhar de Alexandre, ela segurava os sapatos de boliche e tinha uma expressão triste, ele não estava lá. Era a primeira vez que ele não aparecia. Julia estava triste, mas esperou por mais e uma hora na frente da escola, afinal ele podia ter atrasado, mas isso não aconteceu, ele não foi.

Ao chegar a casa, Julia foi direto para seu quarto e trancou-se lá por horas. Ela chorava e tentava entender porque ele não tinha ido, não tinha ligado, ele havia esquecido ela de repente e sem dar explicações.
Já eram quase dez horas da noite e Julia já estava dormindo, quando sua mãe entrou em seu quarto e disse que precisava conversar com ela. Ela tinha uma carta na mão e uma expressão triste. Ela explicou que Alexandre tinha ido a sua casa no dia anterior para avisar que estaria em uma viagem para a empresa e que por isso não poderia ir com ela no boliche e ficariam sem se falar por três semanas, e por isso iria deixar uma carta para ela. Sua mãe se esqueceu de entregar a carta e de manhã recebeu um telefonema que Alexandre havia sofrido um acidente na viagem e que estava em coma em um hospital da cidade vizinha. Como ela não sabia como Julia reagiria a noticia, resolveu deixar Julia se acalmar.
Julia não tinha mais lágrimas, havia derramado todas durante a tarde. Abraçou sua mãe e pediu para que ela a levasse de manhã para o hospital para ver Alexandre, sua mãe hesitou a principio, mas não conseguiu convencer a filha a não ir.

 Logo de manhã as duas saíram para ver Alexandre, Julia estava desconsolada em saber que seu amor poderia nunca mais acordar. Quando chegaram ao hospital, Alexandre havia acordado, mas não se lembrava de Julia. Ela não sabia o que fazer, ela não chorou, ela precisa ser forte.
Julia resolveu conquistar seu amor, mais uma vez. Disse a ele que estava ali fazendo um trabalho voluntário e o convidou para uma volta e um jogo de boliche assim que ele tivesse alta.

Alexandre saiu do hospital duas semanas, em uma sexta feira, e foi buscar Julia na escola para uma partida de boliche e uma volta no parque. Quando estavam no parque, Julia não se conteve e se declarou para Alexandre, que não tinha a menor ideia de quem ela era.

Alexandre disse que não podia corresponder, pois era apaixonado por alguém que não conseguia lembrar, mas que sabia que ela tinha um lindo sorriso e seus olhos brilhavam como raios de Sol. Julia chorou, sabia que poderia ser ela, como poderia não ser.

Ela entregou para ele ler, a carta que ele havia deixado para ela e que ela mesma nunca leu. Alexandre leu a carta e no final dela, abraçou Julia, disse que aquele amor sempre iria existir e lhe deu um beijo.

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