03 fevereiro 2013


Foi como se tivesse acabado de passar um furacão por mim, e levado minhas melhores lembranças de você e deixado um vazio no meu peito.

Quando eu vi que você estava decido que iria partir, eu sabia que por mais forte que eu parecesse naquele momento, por dentro eu havia desmoronado, tudo em mim estava em ruínas e não restava mais nada em que eu pudesse me agarrar, meu porto seguro havia partido e como um pássaro que se recupera de uma asa quebrada e se vai, assim você se foi.

O tempo passava e por mais que quisesse, não consegui fazer com que o vazio se preenchesse, já não era a mesma coisa sem você, e ficar em casa era um refúgio. O travesseiro ainda tinha seu cheiro de lavanda e eu o agarrava tão forte a ponto de pensar que poderia romper meus músculos.

Quanto mais eu pensava em você, mais aberta ficava a ferida que você deixou, mas eu não conseguia continuar, parecia que não havia mais estrelas no céu à noite e o dia amanhecia nublado, sem você o vazio era dentro e fora de mim.

Um dia me peguei lendo suas anotações, e encontrei algo que falava de nós dois, um poema feito por você e que me fez brilhar e acreditar, por mais longe que você estivesse sempre estaria aqui. O vazio nunca seria preenchido, mas mesmo assim, não iria doer mais.

Como o orvalho da manhã evapora, assim foi à dor que eu sentia, amanheceu ensolarado depois de muito tempo e a noite me sentei para ver as estrelas em nosso balanço no quintal, e como um anjo você voltava para casa com os meus pensamentos.